A energia solar no Brasil pode ser uma ótima alternativa para o uso de uma fonte de energia renovável e ecologicamente sustentável. No entanto, seu desenvolvimento ainda é tímido, ao contrário de outros países ao redor do mundo, onde já se consolidou.

Em muitas cidades, é possível observar repartições públicas e privadas que já escolheram esse tipo de geração de energia. Algumas pessoas físicas, principalmente pela economia na conta de luz, também já aderiram à energia solar.

Além de poupar dinheiro, outra vantagem é a menor poluição.

A instalação em casas e prédios de pequeno porte tem se tornado mais acessível nos últimos anos, em função da redução de preços de todos os equipamentos necessários.

Entre os países que mais investem estão Japão, China, Alemanha e Itália.

Ao longo deste texto, você terá um guia completo sobre a energia solar no Brasil e saberá mais sobre o potencial do país para sua produção. Com os investimentos precisos, é possível alcançar o patamar dos maiores produtores desse tipo de eletricidade em todo o mundo.

Um panorama sobre a energia solar no Brasil

Praticamente todas as experiências de energia solar no Brasil têm origem na década de 2010.

Essa é uma possibilidade que ganhou força nesta década e, a cada ano, seu crescimento tem sido visível. O principal motivo para esse cenário é o fato de que grande parte da produção de energia no Brasil se dá através de companhias hidrelétricas e termelétricas, que causam um impacto ambiental negativo.

Algumas usinas já realizam um trabalho consistente e contribuem de forma significativa para o desenvolvimento da energia solar no Brasil nos últimos anos. Uma característica interessante é a localização desses parques, já que quase todos se localizam no Nordeste, a região com melhores condições climáticas.

Uma delas é o Parque Solar Ituverava, na Bahia, que é a segunda maior iniciativa de energia solar do Brasil. Funciona desde setembro de 2017 e é composto por 850 mil painéis fotovoltaicos, dispostos em uma área de 579 hectares. Com capacidade de produção de 254 MW, pode atender até 268 mil residências.

Também na Bahia, o Parque Solar Bom Jesus da Lapa pode produzir 158 M e abastecer 166 mil lares. Assim como o Ituverava, iniciou suas operações em 2017.

No mesmo estado, ainda há o Parque Solar Horizonte, que consegue atender 108 mil imóveis e tem capacidade de 103 MW. Inaugurado também em 2017, pode gerar 220 GWh a cada ano.

Em Minas Gerais, o Parque Solar de Pirapora é a única usina desta lista que não está no Nordeste. Finalizada em 2017, pode chegar a ter uma produção gigantesca: 400 MW, que podem abastecer 420 mil casas. Com essa projeção, esse pode se tornar o maior parque de energia solar do Brasil.

No entanto, o Nova Olinda, no Piauí, ostenta atualmente esse título. Com uma capacidade de produção de energia de 292 MW, pode atender aproximadamente 300 mil casas. O local conta com 930 mil painéis solares, dispostos em 690 hectares, e funciona desde setembro de 2017.

Esses são exemplos que demonstram a capacidade do Brasil em produzir energia solar de forma plena. A seguir, saiba mais sobre esse potencial.

Potencial

Muito se fala no potencial do país para esse tipo de energia. Afinal, trata-se de um país tropical, onde o sol brilha praticamente o ano todo.

Algumas regiões têm um ambiente mais favorável, como o Nordeste, conforme visto anteriormente. Entretanto, é possível produzir energia solar em todo o território brasileiro. Um fato que comprova essa constatação é que mesmo o local menos ensolarado do país tem mais possibilidades do que a área onde mais há sol em toda a Alemanha.

Ainda assim, menos de 1% da eletricidade produzida no Brasil provém de fontes solares. Ao comparar a produção do país com a alemã, onde o potencial é muito menor, se nota um grande déficit. Na nação europeia, metade da produção já é realizada a partir da luz do Sol.

Esse fenômeno aconteceu após o entendimento de que o carvão, muito usado em épocas passadas, emite uma quantidade considerável de gás carbônico. Desde 2015, no Acordo de Paris, a Alemanha tem um compromisso de reduzir tais índices.

De acordo com o Atlas Brasileiro de Energia Solar, incide no Brasil 4444 a 5483 Wh/m² todos os dias.

A energia solar pode abastecer todos os tipos de instalações nos país, desde residências pequenas até grandes e imponentes construções industriais.

A matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo, e, por isso tal fonte alternativa vem sendo considerada como complementar.

Produtores rurais e imóveis urbanos começaram a perceber que o investimento nesse tipo de eletricidade seria garantido em um prazo de cinco a sete anos. Depois desse período, o custo é praticamente nulo por 18 a 25 anos. Logo, além de ser sustentável, é também uma opção mais viável economicamente.

Os telhados das casas, sem a necessidade de aumentar a área, garantem uma produção de 164 GW. Esse número é um pouco superior à matriz elétrica atual no país, de 160 GW.

Além disso, a segurança de investimento tem atraído à atenção de pessoas físicas e jurídicas. Em 2012, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou a Resolução Normativa 482, que normatizou a mini e micro geração e o sistema de compensação.

Em 2015 e 2017, através das RNs 687/2015 e 786/2017, houve um desenvolvimento da resolução anterior.

Também por conta disso, se pode afirmar que o desenvolvimento desse tipo de eletricidade continua e que o cenário nos próximos anos deve se manter. Em um dos próximos tópicos, você terá mais informações sobre o futuro da energia solar no Brasil.

Dificuldades

O alto preço é um dos principais entraves na implantação e manutenção de projetos de energia solar no Brasil.

Em comparação a outras fontes de eletricidade, inclusive as originárias de fontes renováveis, é perceptível o atraso do Brasil em relação à produção de energia solar.

Em 2002, houve o lançamento do Proinfa, o primeiro programa do governo federal com foco em alternativas para a produção de energia. Projetos em biomassa, energia eólica e pequenas hidrelétricas foram apreciados, ao passo que a energia solar não teve a devida atenção.

Apenas 12 anos depois, em 2014, foi possível contemplar ações referentes à produção de energia com utilização da luz do sol. Logo, o país tem um histórico bastante recente quando se fala desse tópico.

Para completar, ainda não há iniciativas governamentais robustas e que visam colocar o Brasil entre os maiores produtores de energia solar no mundo.

Os painéis solares têm sido muito procuradas por pessoas e empresas que desejam economizar energia e, consequentemente, dinheiro. Além do mais, ainda há a motivação de contar com uma solução que causa menos danos ao meio ambiente.

O país conquistou a marca de 1 gigawatt (GW) na produção de energia fotovoltaica apenas em 2018, o que garante um atraso de pelo menos 15 anos em relação ao cenário externo. Mesmo assim, esse é um número alcançado por apenas 30 nações, de 195 avaliadas.

Esse crescimento é consequência da evolução da geração de energia solar centralizada e distribuída. Todos os tipos de instalações foram contemplados, desde residências, passando por imóveis na zona rural até prédios públicos. Indústrias e comércios também contam com essa fonte de eletricidade.

Mesmo assim, ainda há um longo caminho a percorrer, para que a energia solar no Brasil alcance sua plenitude e explore todo o potencial que, como você pôde perceber, é muito grande.

Desde que a ANEEL passou a permitir que imóveis que tenham painéis solares troquem energia com a rede, houve instalação de equipamentos em pouco mais de 400 prédios. Apesar da possibilidade de gerar até 95% de economia na conta de luz todos os meses, não houve incentivos ou campanhas que incentivassem as pessoas a fazer a adesão.

Enquanto isso, os combustíveis fósseis sempre tiveram medidas especiais para sua expansão.

Nos EUA, nesse mesmo período, foram instalados painéis solares em cerca de 400 mil imóveis, sendo em média um a cada três minutos.

Projetos

Alguns projetos de energia solar estão sendo feitos, ao passo que outros já estão em funcionamento.

Além das usinas já em funcionamento e que ajudam a expandir a produção de energia solar no Brasil, outros projetos vêm sido desenvolvidos com o mesmo objetivo.

O primeiro deles é na região Nordeste, onde se concentra a maior parte das iniciativas. A usina de Petrolina (PE) tem um sistema diferente de tudo o que já foi implantado no país. Diferentemente dos painéis fotovoltaicos, há uma tecnologia através da qual se armazena o calor produzido durante o dia. Mais tarde, à noite, essa matéria-prima é usada para produzir energia.

Esse processo é denominado energia heliotérmica. Em uma área plana, são instalados alguns captadores espelhados, que procuram sempre a direção da luz solar. Os raios são refletidos para uma torre, responsável por transformar o calor em energia. Na energia fotovoltaica tradicional, não é possível guardar o calor para uso posterior.

No Amazonas, as reservas extrativistas Ituxi e Médio Purus usam a energia solar para suas produções habituais e o excedente, para uma fábrica de gelo na qual frutas perecíveis são armazenadas, além de peixes.

Também há planos de oferecer aulas noturnas nas escolas com a adoção da energia solar, além de cursos complementares.

No sul brasileiro, em Santa Catarina, a distribuidora de energia Eletrosul modificou a sua sede administrativa, de modo que fosse uma usina de eletricidade fotovoltaica.

Ao longo de um ano, o local pode produzir 1,2 gigawatts, pois há mais de 4 mil placas na cobertura do prédio e no estacionamento, totalizando uma área de aproximadamente 8,3 mil metros quadrados.

Futuro

Os projetos já existentes e os que estão em fase de implantação farão com que o futuro da energia solar no Brasil seja ainda mais promissor. Entretanto, vale destacar o enorme potencial do país no uso dessa fonte, o que pode torná-lo um dos maiores produtores do mundo.

No entanto, para que esta marca seja alcançada, o cenário de desenvolvimento deve se manter nos próximos anos. É fundamental que os poderes público e privado se conscientizem das vantagens do uso da luz do sol para produção de energia.

Você acompanhou tudo o que é considerado relevante em relação à energia solar no Brasil. Para ter mais informações sobre essa e outras fontes de energia alternativas, leia os textos já publicados e fique atento às atualizações do blog. Entre em contato em caso de dúvidas.

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