O inversor solar tem papel fundamental quando o assunto é produção de energia limpa proveniente dos raios do sol. No geral, um gerador solar é formado por placas fotovoltaicas que geralmente são instaladas no telhado de um imóvel.
Essas placas ou módulos solares, por consequência, formarão um painel que passam a receber a insolação que será convertida em energia elétrica.
Para que isso ocorra, a corrente contínua (CC) gerada pelas placas é encaminhada até o inversor, que a converterá em corrente alternada (CA). Em outras palavras, o equipamento funciona como um adaptador de energia para o sistema fotovoltaico.
A eletricidade convertida vai então para o quadro de luz e é distribuída para a residência, comércio, hotel, indústria ou qualquer outro local que possua o sistema em questão.
O inversor solar oferece ainda outras serventias, como garantir a segurança do sistema fotovoltaico. O equipamento dispõe ainda de um sistema de monitoramento integrado capaz de acompanhar o desempenho da geração de energia. Além disso, é possível também avaliar indicadores de sustentabilidade, de retorno financeiro, entre outros.
Como funciona?
Como citado, a principal função do inversor solar é converter a corrente contínua recebida por meio dos módulos fotovoltaicos em corrente alternada pronta para uso. O consumo interno de energia alternada ocorre porque essa corrente possui uma voltagem muito mais alta. Por conta disso, oferece maior alcance em relação a contínua.
O aparelho, que possui o formato de uma caixa metálica, apresenta-se com alguns botões e muitos componentes em seu exterior. Para que haja a inversão energética, a saída do inversor deverá dispor de uma tensão ou corrente alternada. Nesse caso, ocorre o uso de uma corrente ou tensão contínua para alimentar essa saída.
No meio do processo, o aparelho conta com interruptores ou chaves eletrônicas, que podem ser transistores do tipo IGBT (Transistor Bipolar de Porta Isolada), IGCT (Portão Integrado Controlado) ou MOSFET (Transistor de efeito de Campo Metal – óxido – semicondutor).
O processo de conversão é necessário para garantir a compatibilidade com a energia da rede que é usada em residências e empresas.
Onde o inversor solar é instalado?
O inversor será instalado onde houver a existência de um sistema fotovoltaico. Isso é possível em residência, condomínios, estabelecimentos comerciais, indústria, supermercados, postos de gasolina, templos religiosos, hotéis e pousadas, entre outros.
Quando se trata de uma residência, por exemplo, o equipamento pode ser alocado próximo ao quadro de luz ou até mesmo ao lado das placas fotovoltaicas. A preferência é para garagens ou alguma outra área externa coberta.
No entanto, caso haja necessidade, a equipe designada para instalação do sistema poderá indicar algum outro local mais seguro, longe da presença do sol e bem ventilado. O próprio fabricante costuma fazer indicações dos lugares mais apropriados dentro de uma casa.
Já em grandes estabelecimentos comerciais e indústrias, o inversor solar ocupará um espaço maior devido ao tamanho necessário para suprir a necessidade do empreendimento. Sendo assim, indica-se que o aparelho seja instalado em uma sala exclusiva.
A melhor decisão pode ser encontrada por meio do diálogo entre o usuário e a empresa responsável pelo fornecimento do sistema fotovoltaico. O cliente pode escolher pela presença mais aproximada do inversor a fim de acompanhar a produção energética com certa periodicidade. Em contrapartida, há quem prefira a distância por conta do ruído.
Por outro lado, a experiência dos instaladores pode ajudar na escolha da locação. Em suma, entrar em um acordo através da conversa é a melhor saída para o assunto.
Quais são os tipos?
Inversor grid-tie
O inversor solar grid-tie ou on-grid são usados para sistemas conectados à rede elétrica, em que a energia excedente é armazenada na rede pública e convertida em créditos para o usuário. O que significa que não há baterias, como ocorre com o sistema off-grid. Trata-se da opção mais comum e utilizada no mercado.
Nesse processo, o aparelho é programado para desligar-se rapidamente da rede elétrica se houver queda de energia, como mecanismo de segurança. Na falta de eletricidade fornecida pela concessionária, o inversor grid-tie copia a frequência da rede e para de funcionar a fim de evitar curto-circuitos ou demais problemas.
Outra característica do equipamento é o uso de um oscilador para sincronizar a sua frequência com a da rede elétrica da concessionária. Além disso, limita a voltagem para que ela não fique nem acima e nem abaixo da rede.
Inversor off grid
O inversor solar off-grid é aquele usado em sistemas considerados autônomos ou isolados, ou seja, sustentado por baterias. Isso acontece quando ele não dispõe de ligação com a rede elétrica pública.
Sua utilização é mais requisitada em regiões onde não há distribuição de energia elétrica, como em zonas rurais e áreas mais isoladas do país. Até mesmo em fábricas que trabalham nos três turnos e que dependem da produção de energia elétrica pela noite e madrugada. E, consequentemente, ficar com independência total do serviço da rede pública.
Outros locais e serviços que podem utilizar o sistema off-grid são: estações meteorológicas, postes de iluminação solar, sistemas de rádio transmissão, telefones de emergência em rodovias, entre outros.
Micro inversor
O micro inversor é voltado para os sistemas grid-tie. Enquanto o inversor tradicional atende as necessidades de todo o sistema fotovoltaico, o micro inversor é projetado para atender a uma única placa solar. O que significa que o produto converterá a energia de corrente contínua de cada painel para corrente alternada.
Apesar da sua potência reduzida e do menor tamanho, ele funciona com todas as características de um inversor comum.
Segundo os fabricantes, sua eficiência é maior, pois o componente aproveita o máximo do rendimento energético do módulo fotovoltaico ao qual está ligado. O micro inversor apresenta ainda maior vida útil e maiores facilidades de instalação e manutenção.
As principais características de um inversor solar
Inversor solar sem transformador ou com transformador
O inversor solar sem transformador é indicado para lugares fechados. Tem como características ser mais leve e gerar menos calor. Outra vantagem a ser considerada nesse instrumento é o fato de ser mais eficiente no processo de conversão da corrente contínua para corrente alternada.
Entretanto, muitas distribuidoras de energia elétrica no Brasil exigem o uso de inversores com transformador aos proprietários de sistemas fotovoltaicos.
Eficiência
Existe uma variação da eficiência em um inversor solar para sistemas grid-tie. Contudo, a eficiência mínima aceitável alcança a casa dos 94%.
O cálculo de efetividade do aparelho procura saber se a conversão da energia solar de corrente continua para corrente alternada está satisfatória ou não. Esse dado é muito importante, independente do local onde o sistema fotovoltaicos está em uso.
Garantia do inversor solar
O tempo de vida útil de um inversor é de aproximadamente 10 anos. Se o equipamento estiver bem alocado e receber poucas descargas atmosféricas, essa vida pode chegar a 15 anos.
Com relação a garantia em si, os próprios fabricantes oferecem 5 anos, com a possibilidade de estendê-la até 10 anos em alguns casos. É possível encontrar inversores que já saem de fábrica com a garantia de uma década.
É importante frisar que o tempo de garantia não é significado de que um determinado instrumento é mais confiável que o outro.
Indica-se que seja feita uma vasta pesquisa antes da compra, e que seja escolhido o inversor de uma empresa com reputação comprovada no mercado fotovoltaico. Preferencialmente brasileira, pois a reclamação, se necessária, será mais viável.
Inversor solar híbrido
Como o próprio nome indica, o inversor híbrido pode operar tanto conectado (grid-tie) quanto isolado (off-grid) à rede elétrica. Em resumo, o aparelho injeta energia na rede e, ao mesmo tempo, possui uma ligação com um banco de baterias.
Por combinar as características de ambos, pode-se dizer que se trata de um nobreak solar. Uma boa alternativa para seu melhor uso é programá-lo para injetar energia na rede nos horários em que a eletricidade é mais cara e armazenar a energia em baterias quando a eletricidade é mais barata.
Agora que você já tem um conhecimento maior sobre o funcionamento e demais características de um inversor solar, aproveite e compartilhe com a gente seus comentários.
Nos conte se você já usou ou usa algum desses aparelhos em seu sistema fotovoltaico. E continue a acompanhar nossos artigos sobre energia solar.
Não consigo entender: Os inversores vem com a descrição MONO 220v.. Pelo que entendi na saída desses inversores a tensão sai em apenas um cabo 220v.. alguns inversores vem com a descrição (fase + fase) ou fase e neutro. Como é possível ligar uma rede bifásica (fase 110 + fase 110) com apenas um cabo 220v e outro neutro? Se puder me ajudar a entender agradeço. Já ví vários vídeos na internet, mas ninguém explica isso..
Prezado Ronaldo,
Boa tarde.
Primeiramente, gostaríamos de agradecer por sua mensagem!
Vamos lá:
Caso a tensão por fase seja 220 VCA, liga-se o condutor fase do inversor em uma das fases da rede e o condutor neutro do inversor no neutro da rede, agora caso a tensão por fase seja 110 VCA como você citou, liga-se o condutor fase do inversor em uma das fases da rede e o condutor neutro do inversor na outra fase da rede, pois os inversores em sua maioria estão preparados para serem ligados de uma destas duas formas.
Espero ter esclarecido sua dúvida.
Tenho um projeto em andamento. Produzir 800 kWh mensal. 12 placas 440 W e um inversor WEG 5 Wp. Posso aumentar mais placas até produzir 1.000 KWh? É preciso mudar o inversor com potência maior?
Jorge bom dia, obrigado pelo contato, para esta potência de inversor você consegue instalar no máximo 16 painéis de 440W.
Atenciosamente
Engegrid
Olá. Complementando uma dúvida acima, no caso da energia Bifásica, sendo F1+F2+N (127v cada fase), ligando-se um inversor monofásico (no molde de: condutor fase do inversor em uma das fases da rede e o condutor neutro do inversor na outra fase da rede), os equipamentos que tenho na residência, que funcionam em 127v (F1+N, ou F2+N), ficam descobertos pela geração de energia solar, sendo alimentados pelo gerador solar somente os equipamentos ligados em 220v (F1+F2)?
Claudio boa tarde, obrigado pelo comentário.
Todos os equipamentos serão alimentados independentemente da fase em que estiverem ligados e da tensão de funcionamento.
Ok. Então os equipamentos que funcionam em 127v (F+N) serão alimentados pelo inversor? Tem como você me explicar como funciona nesse caso? O inversor tem um 3º fio?
Tenho um inversor de 5v, quantas placas de 335w posso colocar
Vilmar bom dia, para um inversor de 5kW, você pode instalar de 16 a 20 painéis de 335W, dependendo da marca do inversor e é claro, respeitando todas as orientações do fabricante, bem como quantidade de mppts, tensão máxima de entrada de cada mppt, etc.
Sempre verifique o datasheet do equipamento.
Boa noite! A grande dúvida é: instalar hoje micro inversores ou não ? Representam avanço tecnológico. Não tenho sombras. E o futuro. Talvez aumentemos nosso uso elétrico em tudo. Carros, fornos, etc. Qual dos dois é mais versátil ou seja proporciona melhor adaptação às novas tecnologias que virão.
Boa tarde ! Um sistema de 12 placas de 340W e um Inversor de 3.00 KW da Growatt , estando ligado e funcionando normalmente. Pergunto , se cair uma fase da rede da concessionária e o sistema desligar…. o que fazer para estabelecer o sistema novamente após o retorno da fase ?
Olá. Quando tem uma sobra de fio de luz ou telefone, que projetam sombra em algumas placas, qual é a perda nesse caso, pois só dará sobra de alguns fios sobre algumas placas. como vejo a perda nesse caso?
Que legal…!!
Esta foi uma visita excelente, gostei muito, voltarei assim
que puder… Boa sorte..!