Todos conhecemos alguém que sofre com a crise e enfrenta o desemprego. Mas surge uma luz no fim do túnel: o Acordo de Paris deve gerar cerca de 8 milhões de novos empregos em 50 países, com foco principal nas regiões onde estão concentradas as indústrias solares e eólicas, de acordo com a revista.

Em matéria concedida à publicação, Johannes Emmerling, especialista em meio ambiente e economista do Instituto Europeu de Economia e Meio Ambiente da Itália, reforçou que cerca de 18 milhões de pessoas trabalham nas indústrias de energia e o prognóstico em aumentar este número para 26 milhões e em 50% contando com a missão de atingir as metas globais está dentro da realidade de acontecer.

As fontes de energia renováveis ​​podem se tornar um terço do total desses empregos, que seriam distribuídos da seguinte forma:  84% na área de energia renovável, 11% no setor de combustíveis fósseis e 5% em energia nuclear.

Os modelos atuais de estudo estão cada vez mais detalhados, no que diz respeito a escala de tempo, resoluções espaciais e tecnologia. Ainda assim, ele levanta pontos que levam em conta a dimensão da humanidade, o acesso à energia, até mesmo a pobreza nos mínimos detalhes.

No Brasil é estimado que no período pós-pandemia, teremos o potencial de gerar até 2 milhões de empregos e aumentar 2,8 trilhões de reais ao PIB, se investirmos em energia verde, ou expansão de baixo carbono. Os empregos no setor de extração são mais suscetíveis à descarbonização, então se faz necessário a implantação de políticas de transição em vigor.

A variabilidade dos empregos nas indústrias de energia será de grande utilidade em áreas que estão no processo de eliminar o carbono.  Em muitos casos, os trabalhadores de combustíveis fósseis também têm influência política por causa de sua história e altas taxas de sindicalização. À medida que avançamos para fontes de baixo carbono, é importante ter um plano em vigor para a aceitabilidade geral das políticas climáticas.

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